A nota enviada anteriormente continha uma incorreção no texto. O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que continuar a depender da soja brasileira seria ser “conivente” com o desmatamento da Amazônia, e não “conveniente”, como havia sido informado anteriormente. Segue a nota com o texto corrigido.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento se pronunciou nesta quarta-feira, 13, em relação às declarações do presidente da França, Emmanuel Macron, sobre o desmatamento na Amazônia e a produção de soja no Brasil. Em nota oficial, a pasta relatou que a soja brasileira “não exporta desmatamento”. Para o ministério, a fala de Macron demonstra desconhecimento sobre os métodos de produção brasileiros.
“A declaração do presidente francês, Emmanuel Macron, sobre a soja brasileira mostra completo desconhecimento sobre o processo de cultivo do produto importado pelos franceses e leva desinformação a seus compatriotas”, destacou a pasta.
Mais cedo, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, também havia avaliado que a fala do mandatário francês indicava desconhecimento sobre a produção brasileira do grão.
Na terça-feira, 12, em suas redes sociais, o presidente francês afirmou que “continuar a depender da soja brasileira seria ser conivente com o desmatamento da Amazônia”. No vídeo publicado em sua conta oficial no Twitter, o presidente francês fala em “não depender mais” da soja brasileira e produzir o grão na Europa. “Nós somos coerentes com nossas ambições ecológicas, estamos lutando para produzir soja na Europa”, disse.
O comunicado do Ministério ressaltou que a legislação ambiental brasileira é uma das mais “rigorosas” do mundo. O uso de “tecnologias reconhecidas que ampliaram a sustentabilidade de sua produção agropecuária” também foi destacado.
“Toda a produção nacional tem controle de origem. A soja brasileira, portanto, não exporta desmatamento”, afirmou a pasta.
De acordo com o ministério, o Brasil “detém domínio tecnológico para dobrar a atual produção com sustentabilidade, seja em áreas já utilizadas, seja recuperando pastagens degradadas, não necessitando de novas áreas”.
A nota oficial citou, ainda, a condição do País de maior produtor e exportador de soja do mundo, responsável por abastecer mais de 50 países com grãos, farelo e óleo.
A fala de Macron repercutiu negativamente no setor produtivo. Em nota, o líder da bancada ruralista, deputado Alceu Moreira (MDB-SP), disse que a produção da oleaginosa está dissociada de qualquer processo de desmatamento desde 2008.
“Alertamos que a política interna da França não pode colocar em xeque outra nação e a legalidade de nossas políticas públicas para a agricultura como um todo”, afirmou o deputado.
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