Introdução: No exterior, as bolsas globais seguem dia mais ameno, em função do feriado nos EUA. O dia é fraco em termos de agenda; e o euro ganha forças frente ao dólar. No Brasil, o Ibovespa opera em alta, também influenciado pela baixa liquidez nos mercados. Por aqui, os investidores digerem as recentes pesquisas eleitorais.

CENÁRIO EXTERNO: FERIADOS DIMINUEM A LIQUIDEZ NOS MERCADOS.

Feriado, e pouca liquidez… As bolsas globais têm dia menos intenso. Na Europa, as bolsas apresentaram, em sua maioria, 40-50% de volumes abaixo da média dos últimos 30 dias, segundo a Bloomberg. Com a liquidez prejudicada, em função do feriado dos EUA, os mercados europeus operaram sem direções muito claras. O índice Stoxx 600, que monitora a região como um todo, encerrou a sessão próximo da estabilidade; enquanto o índice espanhol IBEX avançou 1,00%, por exemplo.

Para os próximos dias… A agenda macro é esvaziada, e não há dados relevantes por conta do feriado. Assim, os investidores aguardam a ata da última reunião do BC americano, além do relatório ADP sobre empregos em junho (ambos na 5ª, dia 05). Na 6ª, os holofotes se voltam ao Relatório de Empregos (Payroll). Atenção ao mercado de trabalho dos EUA que, aquecido, tende a manter o dólar forte no exterior (e a expectativa de juros mais altos).

BRASIL: IBOVESPA AVANÇA; DÓLAR E DIS RECUAM.

Avante… Por aqui, a baixa liquidez por conta do feriado americano também influencia nos negócios. O volume do Ibovespa, segundo cálculos da Bloomberg, está aproximadamente 60% abaixo da média dos últimos 30 dias. O índice opera em alta neste início de tarde, e dá continuidade aos ganhos observados na última sessão.

Destaques do índice… Embraer impulsiona o índice pra cima, em meio ao fluxo de notícias envolvendo a join venture com a Boeing. Eletrobras também contribui para ampliar os ganhos do Ibovespa, ainda refletindo a aprovação da PL que abre caminho para a privatização das distribuidoras. Na outra ponta, Vale, em dia de queda para o minério de ferro, recua.

A decisão do DEM…. O DEM deve anunciar até 20 de julho sua decisão sobre quem apoiar na corrida para a presidência do Planalto. O partido, entretanto, continua divido. Aumentaram as restrições para o apoio de Alckmin depois que as pesquisas eleitorais mais recentes mostraram alto índice de rejeição do candidato tucano. A expectativa é que o DEM se alie a favor de Ciro Gomes. Hoje, o partido segue reunido na Comissão Executiva Nacional do partido, em Brasília.

Pesquisas eleitorais… O mercado também digere a pesquisa realizada pelo DataPoder360. Falamos disto no Mercados Hoje . Bolsonaro (PSL) mantém liderança, com 18-21%, a 3 meses da eleição. Ciro (PDT) continua em 2º lugar, e subiu de 11-12% para 12-13%. Alckmin (PSDB) subiu de 6,-7% para 7-8%. Ainda assim, num 2º turno, Bolsonaro permanece vencedor.

Do lado macro: dados da indústria… Produção industrial de maio recuou 10,3% frente a abril, após +0,8%; ligeiramente “melhor” do que esperado pelo mercado (-13,2%). A queda foi bastante generalizada. Dos 26 ramos industriais, 24 registraram queda de abril para maio. Na comparação com maio de 2017, a produção recuou 6,6%, “melhor” do que a queda de 9,6% esperada pelo mercado. Seja como for, interrompeu a sequência de 12 meses consecutivos de taxas positivas.

Mais sobre os mercados… No mercado de câmbio, o real tem leve valorização, em linha com a queda do dólar nos mercados internacionais. Além da baixa liquidez por conta do feriado no exterior, a ausência de indicadores na agenda macro de hoje é algo que marca a sessão. Na mesma linha, os DIs também recuam. Os mercados locais, portanto, seguem tendências que apontamos mais cedo, em nosso Mercados Hoje: “viés para a bolsa é de alta, e baixista em dólar e DIs”.

Sobre as oscilações do pregão:

Ibovespa: : +0,47%, aos 74.017 pontos;
Real/Dólar: -0,03%, cotado a R$3,901;
Dólar Index: : -0,11%, 94,484;
DI Jan/21: -04 pontos base; 9,280%;
S&P 500: -0,49%, aos 2.713 pontos.

*Por volta das 15h02, horário de Brasília. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg.

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