O “básico” dos mercados… As bolsas globais renovam o otimismo na sessão desta 3ª feira. Os mercados – não só da Europa, mas também dos EUA -, operam com ganhos. Por trás destes movimentos, investidores refletem o menor receio de uma “guerra comercial” envolvendo EUA e China. O dólar perde forças frente às principais moedas do G-10, e o petróleo volta a ganhar forças, e é cotado mais próximo dos US$71/barril.
Tensões geopolíticas… Autoridades americanas disseram que os EUA cogitam uma reação militar “multinacional” em resposta ao ataque químico realizado na Síria. Ainda ontem, Trump prometeu uma “ação vigorosa”, a ser decidida em breve. Especula-se que França, Reino Unido e outros aliados do Oriente Médio entrem em conjunto com os EUA em qualquer operação militar. Essa tensão geopolítica foi algo que contribuiu para impulsionar os ganhos do petróleo no mercado internacional e, consequentemente, os papéis de energia nas bolsas.
Barril em alta… Para as commodities, o quadro de hoje é mais positivo em meio ao dólar fraco. Mas o petróleo, em especial, chama a nossa atenção. A commodity segue a sessão em alta, reflexo dessas tensões geopolíticas. Além disso, investidores especulam sobre preços do barril mais altos para o ano. Hoje, em notícia veiculada pela Bloomberg, a Arábia Saudita deseja elevar o preço do petróleo para valores mais próximos de US$ 80/barril. A intenção seria “melhorar” a avaliação da estatal de energia Aramco antes de ser precificada em sua oferta pública inicial de ações (IPO).
Na agenda hoje… Investidores acompanham o depoimento de Mark Zuckerberg, o CEO do Facebook , no Senado. Na 4ª (amanhã), o executivo irá depor na Câmara dos Deputados. O depoimento ocorre após escândalo de manipulação indevida dos dados de mais e 87 milhões de usuários pela Cambridge Analytica. Por sinal, é a mesma consultoria política que trabalhou para Donald Trump em sua corrida eleitoral de 2016.
Mercados… O Ibovespa, puxado pelo melhor momento no exterior, sobe, e opera próximo dos 84 mil pontos. No ano, sobe ao redor de 10%. No mês, entranto, o índice permanece com um desempenho negativo de 2%. Enquanto isso, o real se beneficia de um dólar fraco no exterior; os DIs mais curtos seguem próximos da estabilidade, e os mais longos têm ligeira alta. A percepção de risco país, medida pelo CDS de 5 anos, também recua (oscila ao redor de 168 pontos base).
Um pouco mais sobre a bolsa: altas… Entre as altas, permanecem os papéis da Petrobrás e Vale, que avançam em linha com a valorização das commodities. Marfrig também é mais um destaque de alta, após recente aquisição 51% da National Beef, 4ª maior produtora de carne bovina dos EUA (veja mais no Guide Empresas).
Um pouco mais sobre a bolsa: baixas… Entre as baixas destaque para Hypera em meio à Operação Tira-Teima, deflagrada hoje pela PF. A operação baseia-se na delação premiada do ex-diretor da Hypera, Nelson Mello, que investiga pagamentos de vantagens indevidas a políticos. Eunício Oliveira (MDB), presidente do Senado, é o alvo no âmbito desta investigação por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro. M Dias Branco também recua, em meio ao quadro investigativo. Nesta manhã, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão na empresa, suspeita de repasse de proprina a políticos na delação do doleiro Alberto Youssef.
Na agenda de hoje… Do “lado” macro, além da divulgação do IPCA de março (falamos disto no Mercados Hoje ), as atenções se voltaram para o discurso de Ilan Goldfajn, do BC. O presidente da instituição participou de audiência pública no Senado. Sem novidades, entretanto, Ilan reforçou a sinalização de um possível corte da Selic em maio (dias 15 e 16), no próximo do Copom. E, para os próximos encontros deste ano, espera-se uma manutenção dos juros. Confira aqui.
Promoções no governo… Após a confirmação de 9 nomes para o comandando dos Ministérios do governo, Temer “promoveu” outros 2 ministros interinos. Gustavo Rocha, homem de confiança de Temer, será o Ministro dos Direitos Humanos. E, Helton Yomura, do PTB, comandará o Ministério do Trabalho.
Por fim… Embora vejamos alguns movimentos de melhora no exterior, o quadro ainda é de cautela para mercados locais. Afinal, a corrida eleitoral segue em aberto, com partido de “centro” ainda fragmentados, e o risco de a “esquerda” se unir, após prisão de Lula.
Sobre as oscilações do pregão:
Ibovespa: +0,94%, aos 84.090 pontos;
Real/Dólar: -0,26%, cotado a R$3,413;
Dólar Index: -0,24%, 89,625;
DI Jan/21: +02 pontos base; 8,150%;
S&P 500: +1,67%, aos 2.657 pontos.
*Por volta das 14h37, horário de Brasília. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg.
Renda Variável*
Luis Gustavo Pereira – CNPI
[email protected]
Equipe Econômica
Ignácio Crespo
[email protected]
Lucas Stefanini
[email protected]
Rafael Gad
[email protected]
Hoje é a data final para o Presidente sancionar o orçamento deste ano. Ontem foi ratificada a PLN 2, que reedita [...]
Lojas Americanas: Cia anuncia aquisição do Grupo Uni.Co, das marcas Imaginarium, Puket, MinD e LovebrandsImpacto: Marginalmente PositivoCCR: Consorcio liderado pela companhia [...]
Compilamos as 15 empresas que possuem os maiores potenciais de alta em termos percentuais de acordo com os analistas de diferentes [...]