Introdução: As bolsas da Europa encerraram o dia em baixa, e os mercados de NY seguem este movimento. Investidores digerem os dados da balança comercial dos EUA, em meio aos impasses envolvendo EUA-China. Quanto às commodities, em dia de dólar em baixa, seguem sem direções claras. Por aqui, o Ibovespa reverte as perdas do início do dia, e opera em ligeira alta. Dólar e DIs operam com pressões baixistas, em meio à agenda econômica mais fraca no Brasil. Do lado político, Geraldo Alckmin foi indiciado pelo MP-SP.
Mercados… As bolsas da Europa encerraram o dia com viés negativo. O índice Stoxx 600, por exemplo, recuou mais de 1%. É a 2ª queda consecutiva, considerando o índices em dólares. Nos EUA, o dia também não é dos mais favoráveis. As bolsas de NY seguem no vermelho. O dólar segue mais fraco frente às moedas do G-10 e a maioria dos emergentes. Para as commodities, o dia é misto. O brent, recua 0,45%, na casa dos US$77/barril; enquanto as commodities metálicas avançam. Investidores buscam maior proteção, em meio às possíveis novas guerras comerciais envolvendo China e EUA.
Agenda de hoje… Nos EUA, o déficit comercial do país avançou de US$ 45,7 bilhões em junho para US$ 50,1 bilhões em julho. Os dados vieram em linha com o esperado, mas representam a maior alta mensal desde julho de 2015. As importações americanas foram impulsionadas pelo aumento das compras de bens de capital, veículos pesados e insumos industriais. Em paralelo, há algumas ameaças (isto é, guerras comerciais) que permanecem nos holofotes dos investidores.
Riscos no radar… Espera-se que os EUA anunciem novos aumentos de taxas e restrições à China. Se confirmadas, as novas tarifas atingiriam US$ 200 bilhões em produtos chineses (sendo 25% em produtos ligados à bens de consumo). O crescimento do déficit comercial mensal com a China (próximo de US$ 36,8 bilhões em julho) é algo que pode contribuir para novos anúncios de sobretaxações de produtos chineses. O mercado se mantém cético, e reduz o apetite à ativos de riscos no exterior.
Continuamos a espera de uma pesquisa… Com o cancelamento da divulgação do IBOPE na noite de ontem e do Datafolha hoje, o mercado continua apreensivo sobre as consequências de Lula estar — de fato — fora da peleja eleitoral e como se dará a transferência de votos do petista. Uma nova pesquisa, tanto Ibope quanto Datafolha, já está agendada para o dia 10. Até lá o mercado deve seguir ansioso e respondendo a pesquisas de maior frequência.
Indiciado aos 45 minutos… Geraldo Alckmin foi indiciado pelo MP-SP. A ação acusa o tucano de ter recebido R$9,9 milhões em forma de caixa 2 da Odebrecht para sua campanha ao governo do estado em 2014. Alckmin que estava em evento em Brasília quando foi avisado do indiciamento, se mostrou tranquilo e disse que acredita na transparência e velocidade da justiça. Aparentemente o mercado relevou tal notícia. Agora resta analisar se haverá impacto nos números do Tucano.
Lula lá no STF e no TSE… Como já dissemos no mercados hoje, Lula continua sua saga para ser candidato. Mesmo após a impugnação no plenário do tribunal, Lula insiste em recursos para ser candidato. Estratégia perigosa, que consome tempo precioso de Fernando Haddad, que já poderia ser indicado como o cabeça da chapa. Ponto para o “Cirina”, Ciro + Marina, que vão absorvendo o eleitorado que em tese poderia ser transferido para Haddad.
Nada acontece, pelo menos hoje… Agenda nacional segue sem nenhum grande evento. O que domina é apreensão eleitoral e o risco de uma piora dos já combalidos emergentes. É neste contexto — de poucas novidades — que o Ibovespa, após início mais negativo, sobe nesta sessão, e recupera os 75 mil pontos. Ações de bancos, Petrobras e Vale lideravam os ganhos (em pontos). Do lado negativo, ações de Fibria e Smlies. Dólar e DIs, embora tenham aberto com viés mais altistas, em linha com a maior tensão sobre o comercio global, perdem forças nesta tarde. O CDS de 5 anos recua 4%, e oscila em torno de 298 pontos base. Em suma, o ambiente doméstico vai se tornando também mais favorável para ativo de riscos, à espera de novos eventos.
Ibovespa: +0,59%, aos 75.149 pontos;
Real/Dólar: -0,61%, cotado a R$4,135;
Dólar Index: -0,25%, 95,205;
DI Jan/21: -04 pontos base; 10,070%;
S&P 500: -0,27%, aos 2.889 pontos.
*Por volta das 15h10, horário de Brasília. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg.
Renda Variável*
Luis Gustavo Pereira – CNPI
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Equipe Econômica
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