O “básico” sobre os mercados… As bolsas da Europa continuaram no vermelho, após sessão negativa na Ásia. Nos EUA, as bolsas também operam em baixa. Ao redor das 14h, horário de Brasília, o índice S&P 500 recuava 1%. O dólar segue forte no exterior, e os juros das Treasuries recuam, diante da busca por proteção. Os papéis de 10 anos oscilam por volta de 2,81%. As commodities operam em baixa. O petróleo (brent) opera na casa dos US$74/barril. O índice VIX sobe ao redor de 25%, e oscila em 16,5 pontos. Na máxima do dia, chegou aos 17,7.
Sobre a situação italiana… Os juros dos títulos de 10 anos seguem em alta. Neste início de tarde, oscilavam ao redor de 3,16%. No início do ano, estavam ao redor de 2,02%. No final de abril, 1,78%. Isto mostra o grau de preocupação por lá. O veto do presidente Sergio Mattarella ao novo ministro das Finanças indicado pelos partidos radicais Movimento 5 Estrelas e La Liga – e que seria contrário ao Euro – aumentou o receio dos investidores. A intenção era evitar uma reação forte no mercado de juros como a de 2011-12. Isto não aconteceu. Aliás, enquanto o ex-FMI Carlo Cottarelli faz a função de primeiro ministro, a pedido de Mattarella, a perspectiva de novas eleições eleva o prêmio de risco. Afinal, estas podem culminar com maior tração dos partidos radicais e contrário ao Euro, em comparação com as eleições de março.
Nos EUA, dados fortes… O índice de confiança do consumidor foi para 128,0 pontos em maio, de 125,6 em abril. O número do mês anterior foi revisado para baixo (era 128,7). Independente disso, segue em patamar elevado. Além disso, o índice de atividade industrial do Fed de Dallas melhorou acima do esperado pelo mercado: passou de 21,8 em abril para 26,8 em maio. O mercado esperava 23,8.
Reação negativa dos mercados… Voltamos a enfatizar aquilo que dissemos pela manhã: “por enquanto, continuamos acreditando que é preciso cautela” . O dólar segue com viés altista, enquanto DIs são pressionados para cima. A percepção de risco, medida pelo CDS de 5 anos, segue em alta (~7%, ao redor das 14h25), por volta dos 206 pontos base. O Ibovespa se recupera, após queda forte de ontem, na contramão das bolsas internacionais. De qualquer forma, mantemos a perspectiva mais cautelosa no curtíssimo prazo. Nem o exterior, nem o cenário doméstico, parecem contribuir para uma melhora significativa, por enquanto.
Maia, Guardia, e o Planalto… O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), criticou a fala do ministro da Fazenda Eduardo Guardia. “O que ele fez ontem foi muito irresponsável num momento de crise. O movimento todo é de ter diminuição de imposto e ele fala o contrário. Ele sabe muito bem que no Congresso não aprovará aumento de impostos”, afirmou Maia. Hoje, Guardia negou que o governo subirá impostos para compensar a redução prometida no diesel.
Planos de Maia… Maia deve lançar no dia 9 de junho o seu plano de governo “Vamos recomeçar o Brasil”, em evento no RJ, para cerca de 2 mil pessoas. Aliás, o DEM também estuda lançar Eduardo Paes ao governo do RJ no mesmo evento. Vale registrar: na linha sucessória, Maia é que assumiria o país, caso Temer não termine o seu mandato, por qualquer razão (possibilidade que, embora extrema, começou a ser ventilada na mídia; hoje, na Folha, por exemplo). Parece-nos difícil que esta situação extrema se materialize. O mais provável, em nossa opinião, é que outras categorias se aproveitem da fragilidade atual do governo.
Sobre conferência da Petrobras… Marcada para as 14hrs, o presidente da empresa Pedro Parente afirma que continuará no posto; não haverá interferência na política de preços da empresa; continua o plano de desinventimentos (venda de refinarias e da Braskem, em especial) e; por último, espera uma solução para a cessão onerosa. Diante da preocupação dos estrangeiros, fizeram um resumo dos eventos recentes no país, tentando tranquilizar os investidores.
Sobre as oscilações do pregão:
Ibovespa: : +1,76%, aos 76.678 pontos;
Real/Dólar: -0,33%, cotado a R$3,725;
Dólar Index: +0,46%, 94,850;
DI Jan/21: -02 pontos base; 8,810%;
S&P 500: -1,42%, aos 2.683 pontos.
*Por volta das 15h01, horário de Brasília. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg.
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