Introdução: O dia segue mais positivo para as bolsas globais. No exterior, o dólar perde fôlego nas últimas horas, e as commodities têm dia misto. O petróleo (brent), no entanto, se recupera, e oscila na casa dos US$73/barril. Nos EUA, investidores estiveram atentos ao discurso de Powell, na Câmara. Não trouxe surpresas. Por aqui, o Ibovespa recua, pressionado pelo setor financeiro. O dólar também reverte direção do início do dia, e recua. No mercado de juros, os DIs mais curtos têm viés altista, enquanto os mais longos recuam. Sobre o vice de Bolsonaro: sem ser consentido, o PSL não gostou da indicação do general Augusto Heleno. A vaga ainda estaria em aberto.
Mercados… O dólar perde forças, e opera estável frente a seus principais pares (~14h40, horário de Brasília). As declarações de Trump, em torno do acordo de Nafta, pressionaram a moeda no início desta tarde. Os juros das Treasuries seguem relativamente estáveis (10 anos ~2,86%). Para as commodities, o dia é misto. O brent , exceção, avança, e oscila ao redor de US$73/barril. Nos EUA, Dow Jones e S&P 500 avançam. O índice Nasdaq recua. Na Europa, a sessão caminha para terminar em alta.
Acordo de Nafta… Donald Trump disse, nesta 4ª feira (18), que os EUA podem voltar a negociar um acordo comercial separado com o México. O tema gera incertezas sobre o futuro do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), que tem sido criticado pelo presidente americano nos últimos dias. Hoje, membros de seu gabinete se reúnem na Casa Branca, em Washington.
Powell, agora, na Câmara… Após comparecer ao Senado, o presidente do Fed, Jay Powell, teve seu 2º dia de depoimentos. Em linha com o esperado, não trouxe surpresas. Powell voltou a elogiar o crescimento econômico dos EUA, sinalizando uma alta “gradual” para os juros por lá. Jay voltou a falar do fortalecimento do mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que a inflação permanece em patamares controlados. A “novidade” talvez tenha sido o comentário sobre a redução do balanço do Fed, esperado para os próximos meses: segundo ele, este retornará ao “normal” em 3 ou 4 anos.
Sobre a temporada de balanços… Nos EUA, o Morgan Stanley divulgou o balanço do 2º tri — um destaque da sessão. Os números vieram sólidos, acima do esperado pelo mercado. O banco faturou US$10,6 bi no período (+12% a/a). O lucro líquido atingiu US$2,4 bi (mais de US$6 mi com relação ao 2T17). American Express, Alcoa e IBM divulgarão seus resultados após o fechamento do mercado. Para os próximos dias, os balanços devem seguir no centro das atenções. Vale acompanhar.
Mercados… O Ibovespa interrompe os ganhos dos últimos dias, e recua, puxado pelos papéis de Ambev, B3 e Bradesco. O índice opera com maior liquidez, por conta do vencimento de opções sobre Ibovespa. Do lado positivo, destacam-se os papéis da Vale, Itaúsa e Weg. Esta última, por sinal, divulgou números fortes no 2º tri (veja mais no Guide Empresas).
MDB vs Dilma… Após destituição de Antônio Andrade, presidente do MDB de MG, o partido voltou a negociar uma aliança com o governador Fernando Pimentel (PT-MG). Para isso, entretanto, o partido tem uma condição: não quer Dilma Rousseff como candidata ao Senado. Ainda segue em aberto o apoio do partido no Estado. Saraiva Felipe, presidente provisório do MDB em MG, disse que o partido deve conversar com Antonio Anastasia (PSDB), Márcio Lacerda (PSB) e Rodrigo Pacheco (DEM).
Sobre o vice do Bolsonaro: nananinanão… O general Augusto Heleno Ribeiro Pereira não será o vice de Bolsonaro (PSL), como havia saída na mídia nas últimas horas (e comentamos no Mercados Hoje). Aqui , o link para a matéria da Folha. A direção do PSL não teria gostado do anúncio de Bolsonaro, sem o partido ter sido consultado. A poucos dias da convenção (marcada para dia 22), Bolsonaro ainda está à procura de um nome para compor a sua chapa.
Ciro e Embraer… Em carta aos presidentes das empresas, o pré-candidato do PDT pediu que suspendam a parceria para criação de uma nova empresa de aviação comercial no país. Ciro afirmou que a negociação é “hostil à segurança nacional” . Apesar de algum movimento ao “centro” na área econômica – como falamos no relatório da manhã –, o mercado segue, é claro, cético em relação à possível gestão de Ciro Gomes.
Mais sobre os mercados… Durante grande parte do dia, o dólar e a percepção de risco país, medida pelo CDS de 5 anos, foram pressionados para baixo. O cenário externo contribui para isto, em nossa visão. Afinal, por aqui, a agenda de indicadores é fraca, e o fluxo de notícias no front político também é menos intenso.
Ibovespa: : -0,50%, aos 77.737 pontos;
Real/Dólar: -0,34%, cotado a R$3,826;
Dólar Index: +0,05%, 95,032;
DI Jan/21: +11 pontos base; 9,120%;
S&P 500: +0,16%, aos 2.814 pontos.
*Por volta das 14h54, horário de Brasília. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg.
Renda Variável*
Luis Gustavo Pereira – CNPI
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Equipe Econômica
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Lucas Stefanini
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Rafael Gad
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