O “básico” sobre os mercados… As bolsas têm alívio no exterior, e a maioria dos índices sobe na Europa. Na Ásia, a última sessão foi positiva: o Nikkei, no Japão, subiu 0,31%; enquanto o índice Hang Seng, da Coreia do Sul, subiu 0,60%. O dólar segue em tendência de valorização, frente a desenvolvidos e emergentes. Os juros de 10 anos nos EUA seguem altos, ao redor de 3,07%. Quanto às commodities: o petróleo se mantém em níveis altos (~US$78/barril); mas o minério de ferro, na China, recuou 2,42%, cotado a US$65,30/tonelada.
Uma trégua na guerra comercial… Repercute nos mercados a declaração feita pelo Secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, americano neste domingo. Segundo ele, enquanto as negociações entre China e EUA prosseguem, haverá uma trégua na guerra comercial. Não está claro, no entanto, o quanto que esta situação – “em modo de espera”, segundo Mnuchin – pode durar. A China deverá concordar com Trump, que pretende reduzir de forma substancial o déficit comercial com os chineses. O secretário de Comércio, Wilbur Ross, visitará Pequim em breve.
Na agenda de hoje… Nos EUA, as atenções estarão voltadas aos discursos do Fed: Raphael Bostic (13h15); Patrick Harker (15h05) e Neel Kashkari (18h30). Pela manha (9h30), sai o índice de atividade do Fed de Chicago. Na semana, atenção à ata do FOMC (4ª, dia 23) e ao discurso do presidente do Fed, Jay Powell (6ª, dia 25).
Em Brasília… Diversos prefeitos estarão na capital federal neste início de semana – uma oportunidade para que pré-candidatos ao Planalto exponham as suas ideias (2ª e 3ª). O MDB deve apresentar o seu programa de governo para as eleições (3ª), o chamado “Encontro com o Futuro”; Temer deve desistir oficialmente de sua candidatura e, assim, apoiar Meirelles na corrida. Enquanto isso, o governo tenta aprovar algumas medidas provisórias (MPs). É possível que deputados avancem com a MP 814, que reestrutura o setor elétrico, mas devem concentrar os esforços na votação do cadastro positivo, que teve o texto-base aprovado na última semana.
Uma pequena análise… Diante de um desempenho menos brilhante do que o esperado para a economia (oficialmente, o governo deve revisar para baixo, muito em breve, a projeção de crescimento do PIB deste ano, ainda em 3,00%), acreditamos que as perspectivas para o chamado “establishment” político não são das melhores. Meirelles, por exemplo, esperava que a melhora econômica fosse lhe dar um ânimo nas pesquisas. A sua estratégia agora é dizer que serve a “causas”, e não “partidos”.
Sobre a “esquerda”… Segundo matéria do O Globo deste domingo, o PDT, de Ciro Gomes, buscará primeiro alianças na “esquerda” para depois buscar o “centrão”. Alguns líderes do partido usam a frase de Leonel Brizola para falar da estratégia da sigla: “Na carroceria do caminhão cabe todo mundo, mas na boleia só quem se confia”. Assim, o PDT busca falar com PSB e PC do B. Isto, aos poucos, tende a deixar o PT mais isolado, que pretende insistir na candidatura de Lula.
BC reage à elevação de dólar… Na última 6ª (18), o BC soltou um comunicado, reagindo à depreciação cambial e anunciando maior intervenção no mercado. Basicamente triplica a oferta de swaps cambiais (o BC disponibilizará, ao invés de 5 mil, 15 mil novos contratos de swap cambial). Mais: pode fazer mais (“intervenções discricionárias”) e/ou revisar estas atuações, caso julgue necessário. Vale também dizer que o BC não deve reagir à elevação do dólar com juros mais altos (“não há relação ‘mecânica’ com o cenário externo”) – algo que começou a ser precificado no mercado.
Dados do CAGED… Em abril, foram criados 115,9 mil novos empregos formais, segundo dados do CAGED. Considerando a série com ajuste sazonal, o saldo foi de 9,2 mil vagas. Os números indicam uma melhora gradual do mercado de trabalho. Com viés mais positivo, podemos citar a elevação dos salários de admissão: nas comparações interanuais, subiram 2,3%.
Agenda de hoje… É dia de vencimento de opções sobre ações na B3. No front macro, destaque para o Boletim Focus, além da balança comercial semanal (15h). No front micro, (i) Petrobras estrutura nova captação de bônus no exterior; (ii) JBS tem rating elevado de B3 para B1 pela Moody’s e (iii) a Cesp, após TRF da 3ª Região derrubar liminar que suspendia o processo de renovação do contrato de concessão da Usina Hidrelétrica de Porto Primavera, pode retomar a sua privatização. Na política, Jair Bolsonaro (PSL) fala na Associação Comercial do RJ (11h30); e Ciro Gomes (PDT) fala em sabatina Folha-UOL-SBT a partir das 10h às 11h.
Boletim Focus… O mercado revisou o câmbio para o final de 2018 e 2019, agora em R$3,43 e R$3,45, respectivamente. Há 4 semanas, estavam em R$3,33 e R$3,40. O IPCA deste e do próximo ano também foi elevado, agora em 3,50% e 4,01%. A Selic para o final de 2019 manteve-se em 8,00%. O PIB deste ano deve crescer 2,50%, e 3,00% em 2019.
Recomendações de leitura… Em nosso blog, temos escrito textos sobre o cenário atual, que reforçam as nossas recomendações de alocação de recursos, além de outros comentários sobre economia, mercados e empresas. Num contexto de dólar mais alto e interrupção de cortes de juros, vale a leitura de 2 recentes textos: “Surpresa: uma Selic em 6,50%. E agora?” e “O que acontece com o dólar?”. Vale notar: embora esperemos um dólar mais comportado após anúncios do BC, ainda vemos o exterior, neste momento, como o principal motivo para a depreciação do real.
E os mercados hoje? Temos um viés mais positivo para os mercados locais. A bolsa tende a ter melhor desempenho, com viés de baixa em DIs e dólar. Aqui, a atuação do BC tende a contribuir para que o real se recupere um pouco, a despeito da tendência do dólar ainda ser de alta no exterior. O quadro externo é de menor aversão a risco neste momento. De qualquer forma, vale notar: o CDS de 5 anos operava em leve alta nesta manhã, por volta de 204 pontos base. Vale seguir mais cauteloso, em nossa opinião.
Ibovespa: -0,65%, aos 83.081 pontos;
Real/Dólar: +1,09%, cotado a R$3,737;
Dólar Index: +0,18%, 93,637;
DI Jan/21: +25 pontos base, 8,920%;
S&P 500: -0,25% aos 2.713 pontos.
Fonte: Bloomberg. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg
Cesp: Privatização da Cesp avança
Impacto: Marginalmente Positivo.
Folha de São Paulo
– Maduro obtém reeleição contestada na Venezuela
– Apenas 8% dos PMs atacados saem ilesos em São Paulo
– Possível calote da Odebrecht ameaça R$ 47 bi de bancos
– Seleção vive a mesma realidade de uma empresa
O Estado de São Paulo
– Prisão temporária cresce depois de veto à coercitiva
– Maduro vence; opositor acusa governo de fraude eleitoral
– Movimentos de renovação esbarram na política “real”
– Barco com 25 africanos é salvo no Maranhão
O Globo
– Gastos com pessoal ameaçam ajuste fiscal do Rio
– Maduro rumo à reeleição: Voto constrangido
– Intervenção foca em milícia e desvio da PM
– MDB, PT e PSDB ficam com 30% dos fundos públicos para eleição
Valor Econômico
– Companhias estão menos vulneráveis à alta do dólar
– Trégua na disputa entre China e EUA
– Neoenergia critica Enel e governo
– Retomada abre espaço para greve
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