Introdução:
Internacional
• Bolsas internacionais sustentam altas moderadas na falta de mudanças relevantes no quadro global;
• Vai e vem dos mercados deve persistir, reagindo à gama de notícias conflitantes sobre o andamento das negociações entre China e EUA;
• Saem os dados de concessões de alvarás e de construções de moradias iniciadas em outubro (10h30) nos EUA.
Brasil
• Bolsa local deve seguir reagindo ao exterior;
• Relatório do IFI prevê rompimento do teto de gastos em 2021;
• Reforma administrativa só deve ser apresentada pelo governo em 2020;
• Desmatamento cresce na Amazônia, confirmado preocupação internacional e criando obstáculo para exportações brasileiras;
• CCJ da Câmara pode aprovar PEC da prisão após segunda instância hoje;
• Às 9h, o investidor avalia o desempenho do mercado de trabalho na pesquisa de emprego (Pnad-Contínua) relativa a setembro e ao terceiro trimestre.
Mercados… Índices de mercado asiáticos encerraram predominantemente em alta nesta 3ªF. As bolsas de Shanghai (+0,9%) e Hong Kong (+1,5%) avançaram, enquanto o Nikkei, em Tóquio, registrou queda de 0,5% na sessão. Na zona do euro, os mercados sustentam altas moderadas, e o índice pan-europeu, STOXX 600, acumula alta de 0,8% até o momento. Nos EUA, os futuros de NY também operam no verde, enquanto o dólar índice (DXY) anda de lado. Ainda na contramão dos mercados, commodities seguem se movimentando em terreno negativo. O preço do petróleo (Brent crude) recua 0,8%, negociado próximo dos US$ 62,00/barril.
Manhã de estabilidade… Em manhã de poucas novidades, bolsas internacionais sustentam altas moderadas. Apesar da manutenção da incerteza em torno de pontos de tensão política e geopolítica ao redor do globo, o mercado parece manter uma visão construtiva e apenas uma piora relevante do quadro atual será capaz alterar a dinâmica positiva que tem se instaurado recentemente.
O vai e vem deve continuar… No tocante às conversas entre China e EUA, o ceticismo de investidores deve persistir até que haja desenvolvimentos mais concretos em torno do tema, e o fluxo de notícias conflitantes que vem se acumulando de forma sequencial desde a semana passada seguirá gerado volatilidade adicional aos pregões. No pano de fundo, investidores acompanham dados de atividade nas principais economias do mundo, na busca de pistas sobre a possibilidade de uma desaceleração global mais aguda, além das manifestações violentas que se instauraram em Hong Kong, a situação delicada de diversos governos na América Latina e o conflito interminável que assola o oriente médio – mesmo que estes últimos ainda não contaminaram mercados globais de forma relevante.
Na agenda… Em dia de agenda morna no exterior, o único dado previsto é o de concessões de alvarás e construções de moradias iniciadas em outubro (10h30) nos EUA.
IFI alerta sobre possível rompimento do teto de gastos em 2021… O Instituto Fiscal Independente (IFI) publicou um relatório que traz um alerta sobre o futuro da saúde fiscal do Brasil. Segundo o instituto, apesar da reforma da Previdência, o Brasil deve romper o teto de gastos em 2021 caso a sua trajetória fiscal não seja alterada. Quando o teto é rompido, os gatilhos de ajuste são acionados para forçar a contenção de gastos do estado brasileiro. Isto ocorre através da redução abrupta de emendas orçamentarias e dos gastos associado ao funcionalismo público.
Pode ser revertido… Nos cenários mais otimistas, que consideram o sucesso de reforma ainda não aprovadas e o crescimento da arrecadação em função da retomada da economia, o governo começa a produzir superávits (recebe mais que gasta) em 2022 ou 2023 e evita o rompimento do teto.
Governo confirma atraso na reforma administrativa… O mais provável é que só seja revelada em 2020. O fato foi confirmado tanto pelo presidente Jair Bolsonaro, quanto pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. O governo não quer criar desgaste desnecessário e dar combustível à oposição divulgando uma proposta que não terá o apoio do Congresso. A reforma administrativa deve sofrer muita resistência. Será preciso ter as lideranças partidárias ao lado do governo para aprova-la. O relatório do IFI que comprova que ainda existe a necessidade de fazer cortes adicionais deve favorecer este processo.
Fila das reformas continua a andar… Ademais, o governo já apresentou uma série de projetos ambiciosos, desde a aprovação da Previdência, que devem consumir o tempo dos parlamentares até as eleições municipais do ano que vem. A primeira etapa da reforma tributária deve ser a próxima reforma estrutural apresentada pelo governo. Esta pretende unir o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento de Seguridade Social (Cofins).
Desmatamento cresce na Amazônia… Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre agosto de 2018 e julho de 2019, o desmatamento na Amazônia cresceu 29,5% em relação ao período anterior (12 messes antes). Em km², isso representa um aumento de 7.536 para 9.762. Apesar do incremento em comparação com o período de 2016/2017, a área desmatada ainda é menor do que a registrada em todos os anos entre 2000 e 2008.
Preservação do meio ambiente favorece exportações… Fora a questão da biodiversidade e do clima, o aumento na taxa de desmatamento é relevante por que muitos parceiros comercias do Brasil, principalmente na Europa, condicionam a redução de barreiras comercias para produtos brasileiros à proteção da Amazônia. Estes argumentam que não desejam consumir produtos, principalmente da agropecuária, que contribuem para a devastação da floresta.
Tratado com a União Europeia… Esta avaliação será um fator determinante para a ratificação do tratado de livre comercio que foi assinado com a Europa, que ainda requer autorização do Parlamento Europeu. O aumento da taxa justificou a preocupação da comunidade internacional em agosto, mas também cria uma oportunidade para o governo reverter a tendência e demonstrar que está engajado no combate ao desmatamento até julho do ano que vem.
Na agenda… Hoje, às 9h, o investidor avalia o desempenho do mercado de trabalho na pesquisa de emprego (Pnad-Contínua) relativa a setembro e ao terceiro trimestre. Ainda, a prévia do IGP-M (8h) traz novas informações sobre a dinâmica dos preços. Em Brasília, a PEC da prisão em 2ª instância inicia a sua sequência de votações no Congresso.
E os mercados hoje? Lá fora, bolsas seguem se sustentando em patamares elevados, na falta de mudanças relevantes no quadro global. Aqui, o destaque tem sido o câmbio, que viu o dólar ultrapassar o limiar psicológico dos R$ 4,20 na sessão de ontem, patamar que tem se consolidado pela piora das moedas emergentes contra a divisa americana, além da quebra de expectativas com o influxo de moeda estrangeira esperado nos leilões de petróleo. A bolsa local deve seguir reagindo aos desenvolvimentos no exterior e aos desenvolvimentos na política local – a votação da PEC da prisão em 2ª instância deve ficar à frente no noticiário da semana. Em função disso, esperamos um dia de viés neutro/positivo para ativos de risco brasileiros.
Ibovespa: -0,72%, aos 105.985 pontos;
Real/Dólar: +0,48%, cotado a R$ 4,20;
DI Jan/21: +4 pontos base, 4.68%;
S&P 500: +0,05% aos 3.122 pontos.
*Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg.
Folha de São Paulo
• Ex-presidente do Paraguai é alvo de pedido de prisão pela Lava Jato
• Decisão do STF ameaça caso Queiroz, mas não livra Bolsonaros de apurações
• Fundadores de novo partido de Bolsonaro incluirão assessores e parentes de deputados
• Centro não tem pressa de retomar diálogo com Lula
O Estado de São Paulo
• Com governo ‘no jogo’, Congresso quer unificar propostas de reforma tributária
• PF prende doleiro e mira ex-presidente do Paraguai
• ‘Sob pressão, STF discute modulação de decisões incômodas’
• Cargueiro da Embraer agora se chama Millennium
Valor Econômico
• MP veda multas milionárias na área trabalhista
• Fatiar reforma tributária é condená-la ao fracasso, diz Rodrigo Maia
• Relator propõe bônus a servidores
• Lei prevê fim de adiamento em concessões
O Globo
• Em 10 anos, Fetranspor repassou mais de R$ 120 milhões a políticos do Rio, afirma delator
• Lava-Jato nas ruas: ex-presidente do Paraguai, Horacio Cartes é alvo de mandado de prisão
• Temendo protestos como os do Chile, Bolsonaro manda Guedes tirar o pé do acelerador das reformas
• Conselho do Ministério da Justiça defende maior controle da atividade policial e de armas
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