O “básico” sobre os mercados… A maioria das bolsas da Europa sobe, após sessão mais negativa na Ásia. Nos EUA, S&P futuro opera próximo à estabilidade. O dólar se fortalece frente a seus principais pares, e frente à maior parte dos emergentes. Os juros das Treasuries , no entanto, são pressionados para baixo (10 anos ~2,95%, às 9h, horário de Brasília). O mesmo acontece com os juros dos títulos de 10 anos de Reino Unido, Alemanha e França (em contraposição à alta dos juros em países como Itália e Espanha). Commodities mistas, mas prevalece o viés mais negativo. O petróleo recua; e o minério de ferro recuou 3,68% na China, cotado a US$63,94/tonelada). Assim, petrolíferas e mineradoras operam em baixa no exterior.
Não haverá encontro… O presidente Trump cancelou o encontro marcado para o dia 12, em Singapura, com o líder da Coreia do Norte. Este último disse que ainda gostaria de conversar, em busca de paz, e ainda mostra-se flexível para um encontro com Trump. Os mercados tiveram um reação negativa ao anúncio, diante de receios crescentes quanto às decisões da Casa Branca. Ainda é um tema a se monitorar, que gera volatilidade.
Sobre o petróleo… O ministro de Energia da Arábia Saudita Khalid Al-Falih disse que está em discussão com a Rússia um acordo para reduzir os cortes de produção pela 1ª vez. Este assunto deve ser discutido na próxima reunião da Opep, marcada para o mês que vem. Afinal, o acordo de cortes de oferta, firmado ainda em 2017, já teria sido capaz de reduzir, ao menos em parte, o excedente de oferta global. Vale registrar: o petróleo (brent) já sobe quase 19% no ano, cotado hoje ao redor de US$77/barril. Há poucos dias, oscilava mais próximo de US$80/barril.
Como estão os Estados Unidos? Escrevemos em nosso BLOG, 2 artigos sobre o país, que tem sido estopim, em nossa opinião, para movimentos globais de valorização do dólar e pressão sobre a curva de juros. Recomendamos a leitura: “Uma nova realidade (americana), mais desafiadora” e “Uma nova recessão americana?”.
Na agenda de hoje… Nos EUA, saem as encomendas de bens duráveis (9h30) e a confiança do consumidor (11h). Além disso, alguns discursos do Fed. Além do presidente Jay Powell (10h20), que é destaque da agenda, falam os dirigentes Kaplan, Bostic e Evans (12h45).
Eles concordaram… O governo chegou ontem a um acordo com os caminhoneiros, e tenta encerrar a paralização que já dura 4 dias no país. É possível que, aos poucos, a situação seja normalizada. Este ainda é o grande destaque do noticiário local. Vale destacar que o acordo não foi consensual. As associações Abcam, Sinditac Ijuí/RS, Unicam e Transporte Forte não assinaram o acordo. Já CNTA, CNT, Fetrabens, Sindicam-DF, Sinaceg, Fecone, Fetramig e Fetac-ES o assinaram.
Será suficiente? O presidente da CNTA, Diumar Bueno, afirmou que não tem como garantir um prazo para o fim dos protestos dos caminhoneiros. “A categoria vai analisar e o entendimento é deles. Se isso foi suficiente para eles ou não” , afirmou. Ou seja: apesar do acordo anunciado ontem, o dia de hoje ainda será um grande teste para o Planalto. Assim como dissemos ontem, acreditamos que o noticiário doméstico não contribui, em nada, para os candidatos do chamado “centro” neste momento.
Como é o acordo? O acordo que o governo aceitou consiste em vários pontos: (1) alíquota zero de Cide sobre diesel; (2) redução de 10% nos preços do combustível nas refinarias por 30 dias seguidos (a União vai pagar pelos 15 dias além do que a Petrobras se comprometeu); (3) reajustes de diesel nas refinarias, no mínimo, a cada 30 dias; (4) isentar o setor de transporte rodoviário de cargas no projeto de reoneração da folha de pagamentos; entre outras.
Qual o custo disso? Os 15 dias a mais de redução do preço do diesel – em relação aos 15 dias iniciais que já haviam sido definidos pela Petrobras — serão compensados pelo Tesouro Nacional e custarão R$ 350 milhões aos cofres públicos, segundo Guardia (Fazenda). O governo e a estatal fizeram questão de ressaltar que não houve mudança na política de reajustes de preços. Os reajustes mínimos a cada 30 dias devem custar ao redor de R$700 mi à União. No ano, algo em torno de R$5 bi, afirmou Carlos Marun (Secretaria de Governo).
Comércio… O superávit na conta corrente atingiu US$620 mi em abril, segundo dados divulgados ontem. O mercado esperava um pouco mais. A balança comercial registrou um superávit de US$5,5 bi, e foi um dos pontos que contribuiu para um número de conta corrente abaixo das projeções. Para maio, o saldo em conta corrente deve ficar próximo a +US$ 1,3 bi, segundo cálculos preliminares.
Agenda de hoje… É dia mais fraco. No front macro, destaque para o “20º Seminário Anual de Metas para a Inflação” – um evento do BC de apresentação de trabalhos que contará com a abertura do presidente da instituição, Ilan Goldfajn (9h30). A Aneel define a bandeira tarifária de energia elétrica. O investidores estará mais focado na questão das greves e política de preços da Petrobras, ainda.
E os mercados hoje? O viés é mais positivo para os mercados locais (viés de alta em bolsa e baixa em DIs e dólar). Além do exterior mais positivo, o acordo feito entre governo e caminhoneiros pode diminuir a tensão local. Ainda assim, é preciso monitorar como será o ressarcimento do subsídio do diesel e, antes disso, como se dará a normalização da situação no país.
Ibovespa: -0,92%, aos 80.122 pontos;
Real/Dólar: +0,51%, cotado a R$3,647;
Dólar Index: -0,24%, 93,775;
DI Jan/21: +11 pontos base, 8,690%;
S&P 500: -0,20% aos 2.728 pontos.
Fonte: Bloomberg. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg
B3: Multilaser registra IPO e pode ter âncora
Impacto: Marginalmente Positivo.
Itaú Unibanco: Itaú propõe desdobramento de ações
Impacto: Marginalmente Positivo.
Petrobras: Preço do diese ficará congelado por 30 dias
Impacto: Marginalmente Positivo.
Folha de São Paulo
– Contribuinte pagará conta do diesel mais barato para os caminhoneiros
– Com estímulo de empresas, boicote assusta a população
– Ações da Petrobras caem 14% na Bolsa após intervenção
– Preço do diesel na bomba é 2º maior da série histórica
O Estado de São Paulo
– Acuado, governo vai subsidiar diesel e greve é suspensa
– Crise distancia antigos aliados
– Trump cancela cúpula com Coreia do Norte
– Candidatas terão 140% mais verba
O Globo
– Refém, governo faz concessões em troca de trégua de 15 dias
– Ação da Petrobras cai
– Pré-candidatos ao Planalto criticam atuação do governo
– Época: O poder ultrajovem
Valor Econômico
– Caminhoneiros dão trégua de 15 dias para tentar acordo
– Movimento já afeta economia e serviços públicos
– Ao taxar carros, Trump poderá dinamitar OMC
– Governo vai mudar decreto dos portos
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