Internacional
Brasil:
Ibovespa: 122.214 (-1,44%)
BR$/US$: 5,30 (-0,25%)
DI Jan/27: 7,28% (+17 bps)
S&P 500: 3.809 (+0,23%)
Fonte: Bloomberg. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg
MRVE3: R$ 20,36 (+5,17%)
ENEV3: R$ 68,25 (+4,82%)
PRIO3: R$ 79,69 (+4,17%)
PRINCIPAIS BAIXAS:
USIM5: R$ 15,46 (-6,19%)
GOLL4: R$ 23,10 (-4,86%)
AZUL4: R$ 35,89 (-4,85%)
Sem novidades
Mercados… Sem novos drivers relevantes para dar continuidade ao intenso fluxo comprador que tomou conta dos mercados internacionais a partir de novembro, bolsas internacionais operaram de lado, oscilando entre altas e baixas sem direção definida. Enquanto se espera a inauguração do presidente-eleito Joe Biden, assim como mais notícias referentes à expansão do gasto público, investidores aproveitam o momento para ponderar os riscos frente ao nível relativamente esticado dos índices americanos; afinal, a pandemia segue viva e agressiva, e a campanha de vacinação mundo afora continua deixando a desejar em termos de doses de vacinas anti-covid-19 administradas.
Cenário político americano… Enquanto isso, democratas no Câmara americana se preparam para votar mais um artigo de impeachment contra o presidente americano Donald Trump. Por mais que o movimento seja de fato indicativo de um maior nível de instabilidade política e alta polarização, não exerce influência sobre a dinâmica dos mercados, pois não afeta a probabilidade de aprovação de medidos de estímulo à economia. Com um congresso e executivo controlado por democratas, segue firme e forte a expectativa de aprovação de alívio de curto prazo e, mais à frente, de longo prazo, com investimentos em infraestrutura e energia renovável.
Inflação americana… O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) americano encerrou o ano de 2020 com alta interanual de 1,60% ao avançar 0,40% na margem. O resultado de dezembro registrou a continuidade no processo de normalização dos preços. Os alimentos tiveram alta de 0,40% ante queda de 0,10% em novembro, enquanto os itens de energia contribuíram com alta vertiginosa de 4,00% ante ligeiro avanço de 0,40% no mês anterior. Não surpreendentemente, a retomada do preço do petróleo também contribui para o avanço dos preços nos EUA. O núcleo do índice – que exclui estes itens altamente voláteis – apresentou alta de 0,10% e registra avanço interanual de 1,60%.
A inflação e a política monetária… Ainda que o IPC não seja o índice de inflação oficial perseguido pelo Federal Reserve, BC americano, sua tendência aponta para uma continuidade, embora a ritmo reduzido, de pressões inflacionárias que vem ganhando força desde junho por conta da reabertura da economia e dos estímulos fiscal e monetário. Como o resultado em 12 meses segue abaixo da meta, e o Fed se comprometeu a permitir que a inflação oscile – pontualmente – acima de 2,00% de forma a manter a inflação média neste patamar, reforçamos que a autoridade monetária deve continuar provendo um elevado grau de estímulo na forma de juros baixos por tempo prologando e expansão da liquidez, por meio de seu programa de compra de títulos públicos e privados (QE).
A inflação e a política fiscal… Por mais que os formuladores de política fiscal não pratiquem o regime de metas de inflação, suas decisões impactam a dinâmica dos preços. Em 2021, o Congresso e Executivo, ambos controlados pelos democratas, muito provavelmente se empenharão em garantir o máximo de impulso à economia para tentar garantir a volta ao pleno emprego o mais rápido possível. Isto, sem dúvidas, anima os formuladores de política monetária, uma vez que acelerará o fechamento do hiato (elevada capacidade ociosa) e auxiliará no cumprimento da meta média de inflação de 2,00%, mantendo a credibilidade da autoridade monetária em alta. O forte movimento de alta registrado no yield dos títulos de dez anos é indicativo de que o mercado já internalizou, em boa parte, esta expectativa.
No radar… Como destaque de amanhã, o investidor se atenta à divulgação dos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, que devem continuar sustentando trajetória de recuperação, embora sigam registrando níveis historicamente elevados.
Em processo de realização
Mercados… Na contramão dos mercados internacionais, o índice Bovespa retomou os movimentos de desvalorização vistos mais cedo na semana, mas sustentou o limiar de 122 mil pontos. O movimento decorreu da realização de lucros por parte de investidores, que, diante de um quadro estrutural que não se alterou, demonstram um certo grau de ceticismo para dar força ao fluxo comprador. No mercado cambial, o real seguiu apreciando por conta da expectativa de alta na taxa Selic após divulgação de um IPCA maior do que o esperado. No mercado de juros, a volatilidade caracterizou o movimento intraday, enquanto investidores seguiram embutindo esta expectativa, enquanto ponderam o que está por vir no leilão do Tesouro amanhã. O CDS de cinco anos, métrica de risco-país, teve queda, mas não apagou a alta verificada desde o início da semana.
Atividade econômica… Em novembro, o índice de volume no setor de serviços registrou aumento de 2,60%, concretizando o sexto mês consecutivo de expansão e reduzindo a contração interanual de -7,4% para para -4,8%. No acumulado dos últimos 12 meses e no ano, o setor ainda registra contração considerável de -7,4% e -8,3%, respectivamente. O avanço na margem refletiu a alta generalizada das principais atividades do setor. Para mais detalhes sobre as categorias do índice, verifique nosso Flash Macro sobre o assunto no site e app O Guia Financeiro.
Nossa visão… Como esperado, o ininterrupto processo de reabertura econômica, acoplado à manutenção de políticas econômicas de impulso à demanda, confirmou a continuidade do processo de recuperação do setor. O destaque do mês ficou com a categoria de serviços prestados às famílias que, embora continue bastante pressionado, dá sinais constantes de recuperação. De qualquer maneira, alertamos que o recrudescimento da pandemia – que ocorreu de forma mais severa justamente em meados de novembro – configura um risco concreto para o resultado dos serviços no ano, sacramentando a já esperada forte contração do setor com maior participação no PIB nacional.
Manutenção do isolamento deve continuar pressionando… Como comentamos em outras oportunidades, a situação do setor de serviços é bastante delicada frente ao quadro pandêmico. Por depender amplamente do contato social para executar suas operações, um alívio definitivo ao setor não ocorrerá até que uma vacina seja amplamente produzida e, mais importantemente, distribuída. Isto é, até que a população esteja amplamente vacinada, algum grau de distanciamento social deve permanecer, inibindo que o setor volte à ao pleno emprego de suas atividades. Para efeito de noção, trata-se de uma dinâmica que não permite que os restaurantes, por exemplo, utilizem toda a capacidade instalada (mesas) ao ofertar seus serviços para a população.
Efeitos secundários… Esta inabilidade de retornar ao pleno emprego tem efeitos secundários sobre a economia. Ao limitar o quanto pode ser produzido, cria-se um vácuo na demanda por trabalho, limitando, também, a recuperação do mercado de trabalho. Se há menor demanda por trabalho, menor serão os salários e maior será a dificuldade de recuperação da economia como um todo. Há de se lembra que, com a perda de participação da indústria no PIB nacional ao longo das últimas décadas, o setor de serviços é o que mais emprega indivíduos da força de trabalho.
O setor e seus preços… O fraco desempenho do setor de serviços vis-à-vis os setores de varejo e industrial aparece, também, de forma muito clara nos preços. A inflação de serviços ao longo de 2020, como deixou claro a última leitura do IPCA para 2020, foi extremamente baixa, ficando distante da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Por conta destes fatores (atividade pressionada e inflação reduzida), seguimos acreditando que o Banco Central manterá sua política estimulativa por mais algum tempo. Afinal, o Banco Central alertou em seu balanço de riscos que um elevado nível de ociosidade, principalmente quando concentrado no setor de serviços, apresenta sérios riscos baixistas ao atingimento da meta de inflação para os anos que seguem.
No radar… Em dia praticamente esvaziado de indicadores econômicos, o destaque fica com mais um leilão de títulos públicos do Tesouro Nacional.
Equipe Econômica
Conrado Magalhães
[email protected]
Alejandro Ortiz Cruceno
[email protected]
Victor Beyruti Guglielmi
[email protected]
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